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PENSAMENTO
A felicidade é ter problemas que gostamos de resolver e a equação justa de muitas alegrias e
tristezas. Denise Moutinho

DM20200202

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domingo, 22 de novembro de 2015

QUANDO O SER ESCADA NÃO TEM MAIS UTILIDADE


Inicio este post com esta frase bela de William Shakespeare:

"Chorar é diminuir a profundidade da dor."
Estava chorando...

...E como de costume procuro ler palavras que me tragam paz. Paz aquela que encarnado nenhum, inclusive eu, sente quando se tem um instrumento para cuidar, pois é através dele que nos depuramos.

Enquanto não tenho acesso à paz que busco, longe desta demagogia e hipocrisia atual, onde alguns seres humanos se excluem e vivem à margem de provar para outrem que são bons nisso ou naquilo, dentro de suas limitações e significâncias, me incluo em tudo o que escrevo, pois sei que tudo isso serve de espelho e assim quando eu ver estas imagens tento não cometer os mesmos disparates, vou caminhando no "vamos que vamos!".

É engraçado como os SERES HUMANOS, alguns é claro, são vazios. Que aceitam tudo o que sujeitamos eles serem. Não conseguem ir além das palavras que ouvem. Não entendem que as palavras para algumas pessoas são ditas e são completamente não ordenadas pelas ações da mesma que diz.

Quero afirmar que uma pessoa, por exemplo eu, diz algo aqui hoje, mas amanhã não praticará o que diz e vice-versa.

Nem tudo o que se ouve é o que REALmente a gente ver a pessoa praticando. Pois, tem pessoas tão doces que se fazem de duras só para não sofrer algo, talvez, já conhecido.

É engraçado as pessoas usarem palavras, como a stress, para outrem, sendo que é ela mesma que está com tal comportamento e conseguimos sentir a energia deste ser stressado. E ao toque dos seus atos vem a tentativa da diminuição do outro.

Este é o ponto.

O que faz um ser humano ser melhor que o outro? 

Neste mundo que vivo, Planeta Terra, sem dúvida é o dinheiro, mas acima do dinheiro é o que se pode fazer com o dinheiro quando se tem poder e depois o status que este ser tem naquela comunidade onde este ser "do poder/din-din" está inserido.

Tem pessoas que tem um e não tem outro e vice-versa. E o que me dá medo é quando se tem o segundo e o primeiro... aí vem a "meleca" pronta.

Sim. Estou chateada, pois não é amor o que sinto neste momento. Amor não me deixaria chorar e ter minhas palavras mal interpretadas. Não deixaria o stress, que se sente, se envolver e impor-se sobrepor a mim. 

Verdade... Em outrora, numa conversa informal, isso não é amor.


É algo de que não se precisa e se vive. E à medida que isso vai se instalando se torna prejudicial para alguma parte. E agora chegou o momento do ponto final. O cordão precisa-se ser cortado. Ele está com os dias contados. E as partes sabem disso.

É um comportamento de entrega total, pois já se foi retirado o que se necessita da relação que não virou amor, e sim esta instalação negativa. E de ser talvez querido tornou-se o ser necessário, novamente.

Não. Não quero mais isso. Venho refletindo a cada dia pela partida e sim, é necessária. É melhor parar por aqui, pois o que busco não é instalação social e bonito para os "zoutros", mas amor. De poder saber que no meu leito de desencarne terei amor daquele ser humano que não está comigo pelo poder ou dinheiro ou status que talvez posso ter, mas por simplesmente SER.

Do que adianta tanta escravidão social? Fazer bonito pro "zoutros"? Por que se excluir da sua potencialidade atrás de frases que se vitimiza-se, para ganhar apreço alheio daquele que creio ser melhor que eu, hoje? Pra que isso? Pra que este teatro? Se já sei maltratar e bem? Distorcer o sentimento alheio? Por que, para que, onde vou enfiar tudo isso ao desencarnar? Pra que isso ou aquilo? Para que tanta FALTA de empatia e outros adjetivos amigos do amor?

Se luto por uma desconstrução do "ser necessário", então não posso continuar com isso. Sim, irei embora desta vida alheia e ficarei a caminhar com os "fracos" que me amam de verdade. São poucos, mas são de uma energia tão magnânima que não me cabe em mim.

Isso sim é o que preciso e vou dar, desde o dia que decidir isso para mim. Não tenho e não terei padrões sociais. Não busquei a paz, pouca que tenho, por nada. E não devo deixa-la ir embora só por que o outrem deseja dinheiro, status e poder. Sim, meu irmão, vá! Compre o que desejar e mande em quem se sujeita a ti de forma psicológica e moralmente. A mim não dá mais. Meu limite deu. A construção não aconteceu e ser um mal necessário não é meu sonho de consumo. 

Quando eu descobri as chaves do meu viver é desenhar sem borracha, que na tábua alheia não devo construir FOFOCA, que mais vale ser afiadora do machado do que cortar a árvore, que com um pouco e SAÚDES se tem o muito, foi aí que conquistei e conquito cada vez mais o que nem preciso. 

Na medida do "vamos que vamos", de um dia por vez e com carinho por cada segundo de respiração sei que vou encontrar um desencarne como todos os outros seres, mas espero que seja o meu, a minha experiência por mim construída e amada. E assim valerá, se eu puder viver para isso, cada experiência do choro que agora dói e diminui a profundeza dessa dor em saber que não tenho o amor e sim apego o qual não quero por saber que ele me leva para a zona do conforto.

PS: a acostumei não ser padrão de nada e para nada, pois do nada sair (acho) e para o nada irei (acho). O nada aqui é o TUDO (creio), se é absoluto ou relativo, sei que ele existe.


DM

domingo, 1 de novembro de 2015

LAQUEAR DIVINO

O verbo transitivo não poderá ser transitado por mim. 


Do latim laqueãre (atar). Segundo o dicionário utilizado pela medicina para ligar ou fechar (um vaso sanguíneo ou qualquer outro conduto orgânico) de modo definitivo ou temporário, geralmente através de fios.

No poema abaixo tenho um pouco de conforto por assim estar o corpo atual. Quem dera-me ter sido menos responsável e ao primeiro momento tê-los comigo. Mas, bem são as frases do poema abaixo. A que mais me toca é saber que com alegria poderei ser o arco e eles flechas, ou ele(a). O Arqueiro bem sabe dos meus propósitos e com uma dor ainda doída me faço piedosa perante este Ser.

Das coisas que acho que sei e senti a mais bela é pensar no AMOR com ATO PURO em prol do por vir. Não entendo, ainda, o por que da impossibilidade e da tamanha precisão da tenra idade para tal constatação.

Seja o que for...

...Que estas SAÚDES estejam sempre presentes em prol daquilo que não sei e sentirei.

Em tamanha tristeza, somente agora... Calo-me sentida e seguirei até à despedida. E que este fato não faça de meus atos um transbordar de injustiças da quais sempre combati em mim e das que veio ao meu encontro.

Leiam abaixo e reflitam sobre a poderosa responsabilidade de ter um outrem em vossos braços, que a mim fora divinamente postergado.

DM

"Teus filhos não são teus filhos
São filhos e filhas da vida, anelando por si própria
Vem através de ti, mas não de ti E embora estejam contigo, a ti não pertencem.
Podes dar-lhes amor mas não teus pensamentos,Pois que eles tem seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas Pois que suas almas residem na casa do amanhã,
Que não podes visitar se quer em sonhos. Podes esforçar-te por te parecer com eles, mas não
procureis fazei-los semelhante a ti, Pois a vida não recua, não se retarda no ontem.
Tú és o arco do qual teus filhos, como flechas vivas, são disparados... Que a tua inclinação na
mão do Arqueiro seja para alegria."
Khalil Gibran

FONTES:
http://pensador.uol.com.br/gibran_khalil_gibran_poemas/
https://lanegrapantera.files.wordpress.com/2010/05/mae1.jpg